Todo ano costumo fazer no Facebook um Top 10 com os
melhores filmes do ano, mas também uma lista mais descontraída, com alguns Top
5 com categorias alternativas, destacando filmes que foram ou supervalorizados
ou pouco badalados ao longo do ano. A lista obviamente se concentra em filmes
que tiveram destaque crítico, e não em projetos natimortos ou muito pequenos; a
escolha dos piores filmes, por exemplo, tem mais a ver com a excessiva
pretensão do projeto (e com a injustamente boa recepção que tiveram por alguns
críticos) que propriamente com a qualidade fílmica em si (a ausência de
blockbusters de herois é prova disso; como nem considero objetos criticamente
relevantes, estão fora do jogo). Seguem as listas
- "Carol" (preocupação formal demais,
paixão/amor/calor de menos)
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"Boi Néon" (o filme que devia operar no nível do instintivo, mas que
é intelectualizado, pré-calculado, superescrito em excesso)
- "De Longe te Observo"
(outro que talvez funcionasse quando era roteiro – mas, como filme, não
‘acontece’)
- "A
Chegada" (uma gigantesca ‘bar forçation’ [como diriam os britânicos, rsrs])
- "Na Ventania" (oh, que
lindo preto e branco estetizzzzzado zzzzzz)
As decepções (expectativa alta, mas quebrei a cara)
-
"As Montanhas se Separam" (não dá pra aceitar um filme com
simbolismos do naipe: ‘Para representar a ganância capitalista, vou batizar um
personagem de... Dólar!’. Sério, Jia: tu é capaz de coisa BEM melhor)
-
"O Filho de Saul" (filme de quem espera na porta da sala pra receber
os cumprimentos pelo grande aporte à ‘Arte com A maiúsculo’)
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"Youth" (wtf Sorrentino?? Vontade de bandear pro lado
dos haters)
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"O Botão de Pérola" (a fórmula deu megacerto em "Nostalgia da
Luz", mas aqui o malabarismo do roteiro simplesmente não funciona)
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"BR 716" (Domingos Oliveira é um chato genial e adorável, mas
"Caio Blat imitando Domingos Oliveira" é das coisas mais
insuportáveis do mundo)
As surpresas (não dava nada por eles, mas adorei)
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"Elis" (super assistível e com Andréia Horta carregando o mundo nas
costas)
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"Nise, o Coração da Loucura" (simples e muito tocante; cinema
convencional da mais alta qualidade)
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"Rua Cloverfield 10" (o blockbuster [sem ser] do ano)
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"Amor e Amizade" (simplesmente delicioso – talvez o melhor filme que
ninguém viu do ano)
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"Florence, Quem É Essa Mulher?" (ri bastante; traz um ótimo Hugh
Grant e a melhor Meryl em anos)
A lista da desonra (nem precisa de comentários)
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"O Demônio de Néon"
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"Joy"
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"Tudo Vai Ficar Bem"
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"A Grande Aposta"
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"Capitão Fantástico"